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Por Camila Mazzanti

A meditação é uma prática muito antiga, de origem oriental, amplamente relacionada à práticas culturais e religiosas. A prática meditativa começou chamar a atenção do ocidente principalmente por seus benefícios e iniciaram-se estudos de diversos campos da ciência a fim de compreendê-la melhor e tornar os conhecimentos milenares, científicos.

Comprovou-se por estudos que a prática da meditação tem benefícios de curto e longo prazo, podendo ser praticada por qualquer um (mesmo quem não consiga ficar sentado pode praticar deitado). Ela é um exercício de auto-regulação do corpo e da mente, pautada em técnicas que treinam a focalização da atenção.

Durante a prática vários pensamentos passam na cabeça do praticante, que é orientado a não julgá-los, apenas a “deixá-los ir embora”, o que fornece um aprendizado de não se deixar influenciar pelos conteúdos e a entendê-los como “fluxos mentais”. Devido a isso existe uma diminuição significativa do estresse e também dos pensamentos ansiosos e depressivos.

A meditação influencia positivamente funções cognitivas e afetivas pois seu treino mental é capaz de integrar o corpo, mente e o mundo externo. É possível atingir um estado de hipometabolismo basal ao mesmo tempo que a mente se mantém alerta, o que desenvolve a capacidade do praticante de controlar determinadas funções fisiológicas involuntárias. Com base nesse processo é possível afirmar que a meditação é uma técnica eficaz de biofeedback.

Os estudos verificaram que ela atua diante da plasticidade cerebral, a espessura do córtex de meditadores experientes apresenta significativa diferença em relação a não-praticantes, principalmente na área responsável pela sustentação da atenção.

Para facilitar a compreensão, as técnicas meditativas foram dividida em dois grandes grupos, as meditações do tipo concentrativas e do tipo Mindfulness (atenção plena). As concentrativas focam a atenção em um único ponto (ex. respiração) e a mindfulness mantém a atenção plena, no mundo externo e interno. Vale mencionar que o tipo mais estudado no ocidente é a meditação do tipo mindfulness e a técnica vem sendo incorporada à práticas de saúde e até mesmo em escolas.

GLOSSÁRIO

Hipometabolismo basal – pouco gasto energético metabólico do corpo

Biofeedback – controle de funções involuntárias do corpo

Plasticidade cerebral – capacidade dos neurônios cerebrais de se adaptarem, adotando diferentes caminhos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MENEZES, Carolina Baptista; DELL’AGLIO, Débora Dalbosco. Os Efeitos da Meditação à Luz da Investigação Científica em Psicologia: Revisão de Literatura. 2009. Disponível em: <file:///C:/Users/camil/Downloads/Dialnet-OsEfeitosDaMeditacaoALuzDaInvestigacaoCientificaEm-6152841.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2019.

MENEZES, Carolina Baptista; DELL’AGLIO, Débora Dalbosco. POR QUE MEDITAR? A EXPERIÊNCIA SUBJETIVA DA PRÁTICA DE MEDITAÇÃO. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v14n3/v14n3a18>. Acesso em: 29 mar. 2019.

VORKAPIC, Camila Ferreira; RANGE, Bernard. Os benefícios do yoga nos transtornos de ansiedade. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 7, n. 1, p. 50-54, jun.  2011 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872011000100009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  25 mar. 2019.