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Por Camila Mazzanti

O autismo é uma síndrome que apresenta condições neurotípicas que influenciam fortemente no comportamento do indivíduo. Os principais critérios diagnósticos são os déficits na interação social e comunicação social, e também a presença de comportamentos restritos, estereotipados e repetitivos. Os sintomas podem ser observados pelos cuidadores já no início da infância, permitindo que o diagnóstico seja feito rapidamente. A incidência é muito maior em meninos do que em meninas.

Devido ao novo manual diagnóstico em vigor (DSM V) o autismo se tornou um espectro autista( TEA – transtorno do espectro autista), abarcando mais singularidades do que no manual anterior. Neste grupo estão inclusos indivíduos considerados verbais ou não verbais, com alto funcionamento ou não e com diferentes níveis intelectuais.

A interação social comprometida reúne diversas peculiaridades, incluindo incapacidade ou dificuldade de iniciar interações com outros, compartilhar emoções, engajar em conversas ou a falta de contato visual nas interações.

Os prejuízos na comunicação social incluem dificuldades quanto aos aspectos verbais e não verbais da linguagem e variam nos indivíduos com TEA desde a ausência da fala até atraso na linguagem ou dificuldade de compreensão da fala ou dos aspectos não verbais da comunicação. Mesmo indivíduos autistas com boas habilidades de vocabulário e gramática podem apresentar prejuízos na comunicação social recíproca pelo uso literal da linguagem, o que leva a dificuldades de compreensão dos conteúdos que não devem ser levados ao pé da letra, ou seja, a ironia, sarcasmo e figuras de linguagem são de compreensão difícil para um autista.

O TEA também é definido por padrões restritos e/ou repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Essas características podem manifestar-se em diversas maneiras como movimentos estereotipados, uso excessivo ou incomum de determinado(s) objeto(o), fixação por determinado(s) assunto(s), fala repetitiva, insistência em padrões de rotina e resistência à mudanças. Esse apego a comportamentos repetitivos pode ocorrer por causa de uma reatividade exagerada a estímulos sensoriais (luzes, sons, texturas) ou uma hiporeatividade (os estímulos não o afetam com facilidade).  Outras reações extremas como restrição alimentar, medo de sons ou indiferença à dor ou temperaturas extremas também são comuns.

O desenvolvimento diferenciado apresentado por crianças com transtornos do espectro do autismo pode ter diversas implicações para a dinâmica familiar e escolar, fazendo-se necessário personalizar o cuidado com essa criança, fazendo as adaptações necessárias para o bem estar da criança e seus cuidadores. A orientação por profissionais da saúde pode auxiliar nesse processo adaptativo, promovendo as informações e ações necessárias.

Como curiosidade deste artigo, identificamos algumas séries de TV em que os personagens tem TEA, se o leitor tiver interesse pode assistir e usar como exemplificação

Séries

  • The big bang theory – personagem Sheldon
  • Atypical – personagem Sam

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Nunes Misquiatti, Andréa Regina, Brito, Maria Claudia, Schmidtt Ferreira, Fernanda Terezinha, Assumpção Junior, Francisco Baptista, SOBRECARGA FAMILIAR E CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO: PERSPECTIVA DOS CUIDADORES. Revista CEFAC [en linea] 2015, 17 (Enero-Febrero) : [Fecha de consulta: 7 de mayo de 2019] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=169338408022> ISSN 1516-1846

http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/3302

http://www.autismo.org.br/site/

https://www.autismo.org.br/site/images/Downloads/Cartilha8aedio.pdf

https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/107464