
Por Camila Mazzanti
Um grande marco da história da humanidade foi a revolução industrial (séc XIX). A mecanização das fábricas gerou um bombástico aumento da produção, o que alterou significativamente o modo de vida no planeta em muitos sentidos. A tecnologia ascendeu, a medicina evoluiu aumentando a expectativa de vida da população.
A população passou a consumir mais e passou a viver mais, e assim, foi evocado o raciocínio de que em algum momento o planeta terra que abriga tanto a humanidade como toda a vida biológica, começaria a sofrer os efeitos perversos de um consumo desenfreado.
O consumo se tornou parte da nossa cultura, enraizou-se em nossas tradições e cotidiano. Ele está em todo lugar, desde o presente de natal ao celular novo de última geração, a sacola plástica que carrega suas compras do dia, até no canudo que auxilia na ingestão do refrigerante.Por algum motivo é preciso sempre de mais. Roupas novas, carro novo, maquiagem, cabelo. Nunca nos damos por saciados.
O sexto Panorama Ambiental Global (GEO-6), principal avaliação periódica da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação do meio ambiente, evidencia a urgência de uma mudança na postura em relação aos problemas ambientais.O documento ainda afirma que se medidas não forem tomadas a sobrevivência na Terra se tornará insustentável.
As consequências dessa forma de vida consumista que foi assumida ao longo de anos já foram constatadas em diversos estudos. O derretimento do gelo contido no Oceano Ártico é um exemplo. O relatório da ONU cita o aumento das temperaturas na superfície polar como a causa do fenômeno e ainda aponta como decorrência dele a alteração dos padrões climáticos, uma vez que o aumento dos níveis oceânicos pode interferir na dinâmica das correntes marinhas. Serão afetados pela transformação do clima os animais vertebrados, inclusive os terrestres.
Os diferentes ecossistemas funcionam de forma interligada, cada vida neste planeta depende uma da outra de forma que se uma está prejudicada isso afeta todas as outras em cadeia. Isso faz com que o ser humano seja vítima de suas próprias ações. Existem dados que relatam a elevação, ao longo dos anos, da ocorrência de terremotos, tornados, deslizamentos de terra e outros fenômenos naturais que causam perdas para a sociedade.
Temos a tendência de pensar de forma individualista, até quando pensamos em em soluções para o problema ambiental, fazendo apelos individualizantes, associados à esfera privada, deixam de lado toda a dimensão pública e política inerente à gênese dos problemas ambientais.
É preciso uma compreensão crítica e global do ambiente. A educação ambiental deve estar focada na promoção de cidadania, a formação de um cidadão crítico, que reivindique justiça social e ética nas relações sociais e dessas com a natureza.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://repositorio.ipsantarem.pt/bitstream/10400.15/331/1/K11.pdf